sexta-feira, junho 08, 2007

O UNIVERSO DAS INVESTIGAÇÕES

As várias questões com que me deparei foram constituindo a problemática do abuso de uma questão prática do trabalho diário numa questão de pesquisa. Como visto anteriormente, este estudo foi viabilizado a partir de uma trajetória profissional nos últimos anos.
Participaram desse estudo 32 educadores, sendo 04 de cada escola pesquisada e tendo como norteador um roteiro semi-estruturado, a partir dos dados de identificação do educador (nome, idade), verificando-se a qualificação profissional dos entrevistados e seguido do tempo de atuação. Os dados colhidos estão presentes no Quadro 1.
A entrevista visava apreender o discurso da população estudada acerca de questões gerais e específicas referentes ao tema abuso sexual. O roteiro foi construído sempre tomando como base o Estatuto da Criança e do Adolescente – essa escolha se deu pelo fato desse documento constituir-se num instrumento legal na defesa dos direitos da criança e do adolescente – (conhecimentos gerais) e com relação à violência doméstica (conhecimentos específicos). Com relação ao conhecimento sobre o abuso sexual, era perguntado: sobre os sintomas que uma criança apresenta quando é abusada sexualmente; quais as atitudes que deveriam ser tomadas frente à situação; se tinham conhecimento de casos de abuso sexual nas escolas ou no município; e qual seria a atitude a ser tomada perante aquela situação.
A amostra foi escolhida aleatoriamente, de acordo com a disponibilidade de cada educador.
As entrevistas foram realizadas algumas individualmente, outras em pequenos grupos, nas escolas onde os educadores lecionam. No início de cada contato foi explicado o objetivo da pesquisa e feito um breve comentário acerca de casos já registrados nas escolas. Os dados obtidos foram apenas transcritos durante os encontros, que duraram, cada um, cerca de 50 minutos, não havendo gravação dos mesmos.
Além do trabalho de campo, tivemos acesso a fichas individuais de pacientes da Unidade Básica de Saúde do município, onde também uma parcela dos usuários são alunos da rede municipal de ensino. Ressaltando também que alguns dados que foram coletados no Conselho Tutelar do Município, relacionados à violência praticada contra crianças.

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